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Administrar o desejo e a ansiedade é uma tarefa dura, especialmente para os jovens. É necessário equilíbrio para realizar as coisas certas. Fazer e apresentar o plano de ação para receber críticas e sugestões pode abrir caminho para muitos benefícios.
 
Depois da graduação em Ciências Contábeis e da conquista de um pouco de experiência vem o desejo de empreender, ou seja, constituir uma empresa de serviços contábeis. Alguns "mais corajosos" aventuram-se logo, sem muita reflexão. Outros preferem ouvir para ter mais informações a fim de construir o sonho com solidez.
 
É comum jovens me escreverem pedindo conselhos. Nesta semana foi a vez de uma jovem do norte do Brasil. Ela diz sentir-se em condições de executar os serviços com qualidade, mas reconhece o medo de não conseguir clientes suficiente para cobrir os custos e desfrutar de salário razoável. Sinto-me como o pai que não quer desencorajar o filho a se lançar num empreendimento, pois sabe que o sucesso deve acontecer, mas também preocupa-se em aconselhá-lo a analisar com mais cuidado se está preparado o suficiente ou se deve aguardar um pouco mais.
 
Lembro-me quando eu trabalhava de empregado numa empresa distribuidora de alimentos e, nas horas de folga, gostava de ajudar os amigos na organização de seus negócios. Com o passar do tempo comecei a cobrar pelo serviço e os poucos clientes indicavam-me outros. As ofertas de serviço não cobriam o salário fixo que recebia, então propus ao patrão a redução da carga horária, o que foi bom para os dois lados, já que a empresa passava por momentos de dificuldades financeiras. Com o tempo vieram muitos mais clientes, até que senti segurança para pedir o desligamento integral do emprego e dediquei-me exclusivamente à consultoria empresarial. Esse processo serviu para o meu amadurecimento e garantiu as finanças no período de transição.
 
Aos que estão iniciando sugiro analisar a viabilidade de uma transição lenta, mas segura. Se for viável para a outra ponta do negócio, tenho certeza de que deve ser bom para você também.
 
É sabido que mais de 50% das novas empresas encerram suas atividades antes de completar três ou quatro anos, o que é assustador. Desta estatística ninguém deseja fazer parte, portanto é fundamental apurar cuidadosa e criteriosamente todos os custos que envolvem o negócio. Mesmo numa empresa prestadora de serviços, na qual normalmente há menor investimento financeiro, é necessário fazer as contas. Nos momentos de crise é que surgem as grandes oportunidades, mas isto não significa jogar-se de cabeça, ou, em outras palavras, deixar de colocar tudo na ponta do lápis.
 
Empreender é o caminho natural para os que desejam independência na administração do tempo e a conquista do sucesso financeiro, mas quando mal planejado e administrado, a dor de cabeça é certa. 

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